Andaram, andaram… até cair a noite. Já o sol tinha fechado as janelas, preparando-se para dormir, quando finalmente encontraram uma quinta. Não resistiram a espreitar por um buraco, na porta do estábulo. Ao espreitarem, ouviram um cavalo a relinchar…. Ihhhh!….Ihhhhhh!…Ihhhhhhh!
      - Quem está aí? – perguntou o cavalo. 
     - Eu chamo-me Mico e este é o meu amigo Caramelo. 
      - O que fazem aqui? – perguntou o cavalo. 
      - Já vimos a caminhar há muito tempo, estamos muito cansados. Procuramos um lugar para passarmos a noite. – responderam os amigos. 
      - Por mim podem pernoitar cá. Mas, só há um problema. O meu dono não pode saber. Ele não gosta de intrusos na quinta! – respondeu o cavalo Egas. 
      - Nós prometemos que quando o sol acordar, já estaremos longe daqui! – responderam os amigos, satisfeitos com o acolhimento do Egas. 
      O Egas, como um bom anfitrião, procurou arranjar um lugar confortável para os seus novos amigos descansarem. 
       O rato Mico ficou alojado no celeiro, como era o seu desejo! Rodeado de milho e palha! 
       O burrito Lutador foi contemplado com uma cama feita em cima de uma pilha de fardos de palha! 
      Depois de um dia longo, os amigos, dormiam refastelados! O seu ressonar parecia o barulho, esganiçado, dos tractores agrícolas! Entretanto, soou um alerta de perigo! O galo teimoso alertava que o dono da quinta estava próximo. 
      Com esta barulheira, o descanso tinha terminado. Os amigos acordaram assustados. O burrito caiu da sua luxuosa cama, quase quebrando uma perna! O Mico deslizou, nos grãos de milho, como se estivesse numa pista de gelo! Ainda ensonados e zonzos, ouviram a voz do amigo Egas a dizer: 
- Fujam rapidamente! O dono aproxima-se!
- Fujam rapidamente! O dono aproxima-se!
      Muito assustados, sem tempo para despedidas, como mandam as boas maneiras, os dois amigos fugiram pelo campo fora. Chegaram a um local ermo, onde encontraram três caminhos. Cada um dos caminhos permitia ir ter a locais diferentes. Todos eles com características diferentes: - Um ia para o pântano do conhecimento; outro ia ter à lagoa da felicidade; e, por fim, indicava a floresta da riqueza. 
      Da necessidade de optar surgiu uma acesa discussão. Fazer opções não é fácil!


 

 
 
 
 
 
 
 
 
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